quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um pequeno detalhe do que foi o grande Freddie Mercury


Para além da sua exuberância como o carismático líder dos Queen, Freddie Mercury fez alguns trabalhos a solo. E "Barcelona" fica, seguramente, para a história...
 
Todos conhecemos a genialidade de Freddie Mercury como líder dos Queen. Live at Wembley 86 é simplesmente colossal, mas também o são "Queen On Fire" (Milton Keynes quando a banda comemorava 10 anos de carreira) ou o Live in Montreal.
Seria bom serem editados alguns concertos da banda dos anos 70 e a actuação em Budapeste. Os Queen foram, inidscutivelmente das melhores bandas ao vivo d sempre, em virtude do talento de Brian May (para mim dos grandes guitarristas da história), da bateria de Taylor e das linhas de baixo do sempre cool Deacon (que compôs alguns temas muito interessantes, importa referir). E claro da presença / voz inconfundíveis de Mercury o showman absoluto.
Mas hoje vou falar Freddie Mercury na sua vertente a solo. Mercury sempre desejara fazer alguma música a solo e o primeiro disco seria " Mr. Bad Guy" em 1984. "I Was Born To Love You", "Mr. Bad Guy" , "Made in Heaven"  ou "Let's Turn it On" integraram este trabalho (e surgiriam anos mais tarde no albúm "Made In Heaven" dos Queen, já depois da morte de Mercury). O disco não vendeu tanto como os campeões Queen mas vendeu razoavelmente. Ou melhor vendeu muito para qualquer outro artista mas relativamente aquém para o vocalsita dos Queen (nas palavras do produtor Reinhold Mack "Freddie foi co-produtor e divertimo-nos imenso! O disco vendeu bem para qualquer ouytro nome mas ficou aquém se pensarmos que era o vocalista dos Queen " ( risos)
 Freddie era conhecido também como "Mr. Bad Guy" e vale a pena dar uma olhadela à letra (todas foram da autoria de Fred). Daí o nome do disco.
A cover dos Platters "The Great Pretender" (porque Mercury via-se como tal")  ou a incontornável "Living On My Own" - cujo vídeo foi, por ideia de Freddie, feito com imagens da sua excentrica festa de aniversário em Berlim. Mercury fechou uma discoteca, convidou todos os amigos e comemorou os 39 anos em grande estilo. Todos os convidados tinham que ir vestidos como a sua personagem favorita. Freddie foi vestido...à "Freddie Mercury", claro! - são momentos altos de Freddie a solo. E, tal como nos Queen, servido sempre por vídeos muito elaborados (nos quais Fred era sempre muito opinativo e tinha sempre uma ideia precisa do que poderia resultar ou não).
Mas, existe um momento único (por vários motivos). Em 1988 Mercury conhece a diva da Ópera Montserrat Caballé (ele já era seu fã e a admiração era recíproca). Juntos iriam criar a canção associada à campanha para Barcelona como cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos de 92.
"Barcelona", é um momento marcante. Foi na altura surpreendente, era - como Freddie disse - a uniaõ de 2 mundos que aparentemente eram opostos: o canto lí e o pop / rock (ele já introduzira laivos dessa junção na "Bohemian Rhapsody", mas aqui seria mais a sério).
Lembro-me de ficar arrepiado ao ouvir esta canção pela primeira vez. E isso ainda hoje em acontece. São 2 colossos em palco e 2 vozes que se conjugam de forma -quanto a mim -sublime.
Mike Moran , compôs o tema com Freddie (ele já trabalhara com Fred nos Queen e a solo) e no DOCUMENTÁRIO "LOVER OF LIFE, SINGER OF SONGS" - lançado quando Freddie faria 60 anos se estivesse vivo - fala nesta canção e na expriência ao vivo em Barcelona (num directo): " Ela (Monstserrat) é uma diva, uma força, imponente. Ela entra em palco e de repente Freddie olha para mim naquela "Eh lá! tenho concorrência! (risos) e aí temos 2 enormes talentos num saudável duelo em palco. E resultou naquele momento único em que 2 mundos se uniram pela primeira vez".
Também Montserrat se emociona ao falar deste momento. Ela tornar-se-ia grande amiga de Freddie Mercury e revela que depois de "Barcelona" teve vários convites para duetos com outros artistas mas "foi muito especial, Fred era muito especial, tinha que ser algo assim para voltar a fazer um dueto".
Cada vez que vejo momentos da actuação de Fred e Caballé além de emocionado penso na versatilidade daquele homem. Era grandioso a puxar por audiências imensas (que " tinha na mão como ninguém" pegando nas palavras de um outro grande senhor Robert Plant ) tal como o era neste registo.
A quem goste de Freddie Mercury (e Queen) sugiro o excelente documentário "Lover of Life Singer of Songs" que acompanha toda a sua vida desde o nascimento em Zanzibar até ao fim, com inúmeros testemunhos de família/ amigos e ex-queen (excepto de John Deacon que se afastou da vida pública).
E deixo aqui um link com um tema sublime chamado "In My Defense". Mercury não foi o autor mas quis cantar esta canção pois identificava-se muito com ela. O vídeo foi editado depois da sua morte com imagens de toda a sua carreira e até imagens pessoais. Espero que, quem não conheça. goste.
E é este vídeo a fechar o documentário:
http://www.youtube.com/watch?v=ibBh6bHJP0c
Já tudo (ou quase) se disse sobre Freddie Mercury. mas nunca será de mais lembrar. Porque ele foi mais que um soberbo cantor ou frontman (senhor de uma técnica vocal soberba, ans palavras de muitos músicos / compositores que com ele trabalharam). Ele foi o showman absoluto.

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